Com um olhar distante, perdido no horizonte, vivo confusões nunca vividas antes.
De repente parece que o mundo gira mais do que a gente; é quando se sente que devemos parar.
Ao mesmo tempo é o movimento que se faz presente, constante e ardente que garante a vida.

Olho para um ponto imaginário, pensando que talvez ali esteja a resposta para uma pergunta que nem me fiz.
Olho também para o nada e vejo que lá existe um silêncio inquietante e que em sua plenitude não me satisfaz.
Também olho para os lugares, ao passo que não vejo nada, pois está tudo tão rápido que estou ficando tonta.

Vivo movimentos constantes que se retroalimentam e me superam.
Corro atrás do prejuízo; corro na frente também.. esse movimento cíclico também me deixa confusa.
Andar em círculos é isso... quanto mais se vai pra frente e se aproxima do fim; é hora de começar novo.

Círculos também não me satisfazem, eles não são dotados de movimento... eles não saem do lugar!
Se é pra ser cíclico... Prefiro um espiral que me leve pra cima...