Não repare nela, ela é apenas um espectro do que outrora foi.
Uma sombra que se move em vão, apenas na tentativa de ocupar o espaço da pessoa que outrora foi.
Perdeu a luz em alguma esquina, em alguma curva... não se lembra muito bem.
Recuperou por um instante e depois viu escapar aos dedos.
Com esforço sente-se um calor no interior que se esbarra em um nó que bloqueia a garganta e não permite gritar.
Assombrada pela não escolha do que parece ser opcional.
Sufocada e dilacerada... todos querem um pedaço da carne e um copo do sangue ou do suor.
Lança-se um olhar vazio na multidão, também sem propósito.
Nada mais faz o sentido que outrora fez.
Falo de um tempo não tão distante, mas que parece outra vida.
Claro que é outra vida!
A vida que se tinha antes de se tornar o espectro do que outrora se foi.
Não repare nela, ela é apenas um espectro do que outrora foi.
Uma sombra que se move em vão, apenas na tentativa de ocupar o espaço da pessoa que outrora foi.
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